Abertura da casa: 19h

Nasce um Buda

Palestra da Monja Coen Roshi no dia 07 de Abril em São Paulo 

Após dois anos afastada do público presencial, no dia 07 de Abril de 2022, às 20h, a Monja Coen Roshi faz uma Palestra Especial comemorando o nascimento de Buda no Teatro Bradesco do Shopping Bourbon. 

As comemorações de datas importantes relacionadas ao Budismo variam de tradição para tradição. Em algumas delas, comemora-se nascimento, iluminação e falecimento de Buda em uma mesma data, em um festival chamado Vesak. 

Nossa tradição, a Escola Soto Shu, do Zen Budismo Japonês, comemora cada um desses evento em uma data específica. Comemoramos o nascimento de Buda no dia 08 de Abril, sua iluminação no dia 08 de Dezembro e seu falecimento no dia 15 de fevereiro. Para cada uma dessas datas, organizamos retiros espirituais, liturgias especiais e, quando possível, eventos públicos.

Após dois anos desde sua última palestra presencial, a Monja Coen Roshi está de volta ao palco do Teatro Bradesco, no Shopping Bourbon, para esta Palestra sobre o nascimento de Buda e seu significado em nossas vidas.

O Buda histórico é conhecido pelo nome de Xaquiamuni Buda. Este nome foi dado a Buda após sua iluminação, seu despertar, com cerca de 40 anos de idade. O termo significa literalmente “o desperto da tribo dos Xáquias”. Ao nascer, Buda recebeu o nome de Sidarta Gautama. Filho do Rei Sudodana e da Rainha Maia, Sidarta nasceu príncipe e destinado a se tornar o governante dos Xáquias.

Sidarta foi criado por sua tia Prajapati, pois sua mãe faleceu logo após o parto. Desde muito cedo foi protegido do sofrimento e das dificuldades. Teve a melhor educação e treinamentos, possuía tudo o que necessitasse. Era um jovem forte, brilhante e sensível. A medida em que foi crescendo, o menino passou a ter curiosidade sobre a vida fora dos muros do palácio. Fez três incursões na cidade e em cada uma delas encontrou situações de sofrimento com as quais nunca havia tido contato direto: uma pessoa doente, um pessoa idosa e uma pessoa morta. Passou a se perguntar sobre o sentido da vida e da morte, sobre o sofrimento da existência humana, e mais especificamente, sobre o que ocorreria com seus parentes, amigos e com ele mesmo. Na quarta vez que saiu do palácio, deparou-se com um renunciante, um monge, e ficou muito impressionado com a presença daquele homem. 

Após este encontro decisivo, tomou a decisão de abandonar os confortos do palácio. Deixaria para trás a riqueza, sua esposa, seu filho pequeno e sairia em busca de uma resposta para o sentido da vida e para a cessação do sofrimento. Em uma noite escura, deixou o palácio com seu cavalo e um ajudante. Em determinada parte do caminho, cortou seus cabelos (signo de sua casta, abandonando assim este sistema de dominação), entregou seu cavalo e sua espada ao ajudante, e penetrou a floresta em busca de Mestres que pudessem ensiná-lo e ajudá-lo a responder suas perguntas. 

Foram anos de busca e aprendizados com diferentes Mestres. Recebeu convites para ser o sucessor de seus professores e recusou cada um deles, pois não encontrava a resposta para o que estava procurando. Decidiu se engajar no ascetismo como forma de atingir clareza e resolver suas questões. Dedicou-se a tal ponto e por tanto tempo que quase faleceu de inanição. Antes que isso ocorresse, decidiu que mesmo este caminho não estava levando-o para mais perto da verdade.

Foi então que decidiu sentar-se em meditação, em Zazen, prometendo só levantar quando encontrasse as respostas que buscava fazia tantos anos. Foram 7 dias e 7 noites de meditação, de esforço contínuo, até que na manhã do oitavo, ao ver a estrela da manhã, Buda teve sua experiência mística e despertou com a seguinte declaração: Eu, a Grande Terra e todos os seres, juntos, simultaneamente nos tornamos o Caminho.” Depois disso ensinou por mais 45 anos, até entrar Parinirvana, que é o termo que usamos quando um Buda falece.

Em situação de aula, antes de rececbermos ensinamentos Budistas, recitamos um verso que começa com as seguintes palavras: “O Darma, Incomparavelmente Profundo e Infinitamente Sutil, É raramente encontrado, Mesmo em Centenas de Milhões de Anos.” O Darma, a Lei Verdadeira, que descreve o funcionamento da realidade, é raramente encontrado. Mesmo que não seja encontrado, continua existindo, funcionando. Mas quando alguém desperta para esta verdade, pode mostrar a outras pessoas, pode ajudá-las a despertar.

Esta é a importância fundamental do nascimento de Sidarta Gautama. Ao despertar para a Verdade, Buda passou a ensinar, a transmitir o Darma. Estes ensinamentos vêm passando de geração em geração, a quase 2600 anos de forma ininterrupta. Aquela criança que poderia ter se tornado o Rei de uma tribo poderosa, decidiu ir em busca da verdade e se tornou um professor. Nós comemoramos o nascimento desta criança, relembramos sua história, e praticamos seus ensinamentos.

Na palestra, a Monja Coen Roshi vai falar sobre o nascimento de Sidarta Gautama, sobre a importância desta história de comprometimento com a busca da verdade e com a doação deste despertar para a humanidade. 

Aos 75 anos de idade, Monja Coen Roshi é uma das líderes espirituais mais respeitadas e carismáticas do país. Os ingressos de suas palestras se esgotam com antecedência, e seus vídeos do Canal MOVA no YouTube têm milhares de visualizações.

Monja Coen Roshi é missionária oficial da tradição Soto Shu do Zen Budismo e primaz fundadora da Comunidade Zen Budista Zendo Brasil.

Foi ordenada monja em 1983.  Após viver 12 anos no Japão, retornou ao Brasil para liderar, durante seis anos, as atividades do Templo Busshinji, sede da tradição Soto Shu da América do Sul.  Em 2001 fundou a Comunidade Zen Budista, com sede no Templo Tenzui Zenji, no bairro do Pacaembu em São Paulo.

Orienta discípulas e discípulos no Rio Grande do Sul, DF, Paraíba, Rio de Janeiro e interior de São Paulo (Ribeirão Preto). Participa de diversas atividades públicas, incluindo encontros inter-religiosos, buscando promover o princípio da não violência ativa e da cultura de paz.  Autora dos livros "Viva Zen, "Sempre Zen", "Palavras do Darma ", "A Sabedoria da Transformação", "108 Contos e Parábolas Orientais", "O Monge e o Touro", “O sofrimento é opcional”, “Zen para distraídos”, “O inferno somos nós (com Leandro Karnal), A monja e o professor (com Clóvis de Barros Filho).   Mais informações nos sites www.monjacoen.com.br, www.zendobrasil.org.br. A Monja Coen apresenta semanalmente um programa na Radio Mundial - Momento Zen, as segundas feiras das 19h30 às 19h55 www.radiomundial.com.br - facelive e também gravado.

“Somos a vida da terra, estamos todos interligados...tudo o que fazemos, pensamos e falamos mexe com a teia da vida (...)” Monja Coen Roshi

Duração: 120 minutos
Classificação: Livre. Menores de 14 anos, somente poderão entrar acompanhados dos pais ou responsáveis. Crianças até 24 meses de idade que ficarem no colo dos pais, não pagam